O
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está trabalhando
para ampliar as regiões produtoras de queijos artesanais com registro de
Indicação Geográfica (IG). O Mapa identificou 18 áreas de produção de queijos
artesanais de leite cru no Brasil, com maturação menor que 60 dias, que podem receber
a IG, desde que preencham os requisitos higiênico-sanitários. Duas delas – a do
Serro e a da Canastra, ambas em Minas Gerais – já têm o registro de Indicação
Geográfica. O IG agrega valor ao produto, o que possibilita ao setor aumentar a
geração de renda e de emprego.
Segundo
a Coordenação de Incentivo à Indicação Geográfica de Produtos Agropecuários da
Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (CIG/SDC) do Mapa,
o registro de Indicação Geográfica é um reconhecimento da notoriedade,
reputação, valor intrínseco e identidade do produto, além de proteger seu nome
geográfico e distingui-lo de similares disponíveis no mercado.
Além
do Serro e a da Canastra – regiões que já têm o IG concedido pelo Mapa – outras
áreas produtoras já são reconhecidas pelo mercado consumidor pela qualidade e
tipicidade de sua produção de queijos artesanais. Entre elas, o Cerrado
Mineiro, a Serra do Salitre e Araxá, também em Minas, o Arquipélago do Marajó
(PA), o Agreste Pernambucano (PE), o Seridó (RN), a região Serrana (RS e SC) e
a região do Jaguaribe (CE).
As
produções desses queijos envolvem grande quantidade de pequenos e médios
produtores, que desempenham um importante papel social e econômico. Como grande
parte da produção ainda é informal e não possui registro de Indicação
Geográfica ou marca coletiva, o Ministério da Agricultura vem trabalhando para
promover o desenvolvimento nessas regiões e o consequente reconhecimento dos
produtos.
Para
isso, consultores – contratados pela SDC, em parceria com o Instituto
Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) - já visitaram essas
oito áreas, levantando informações sobre as regiões e os queijos produzidos e
identificando os agentes da cadeia produtiva (fornecedores de insumos/serviços,
produtores, processadores e distribuidores), técnicos, governança local,
secretarias de turismo e academia. Também promovem eventos para
sensibilizar as comunidades locais e demais envolvidos na cadeia produtiva de
queijos artesanais.
Seridó
Potiguar
No Rio Grande do Norte, por exemplo, foram realizados eventos de sensibilização para atores ligados à cadeia dos queijos artesanais da região do Seridó Potiguar. Um deles foi o Seminário de IG, organizado pela Superintendência Federal de Agricultura do Rio Grande do Norte (SFA-RN), com apoio do Sebrae, Emater, Adese e RN Sustentável, em abril deste ano. Participaram do seminário cerca de 50 pessoas, entre pequenos e médios produtores de queijo, sindicalistas, representantes de federações (de trabalhadores e patronal), gestores municipais e estaduais e técnicos com atuação municipal e regional.
No Rio Grande do Norte, por exemplo, foram realizados eventos de sensibilização para atores ligados à cadeia dos queijos artesanais da região do Seridó Potiguar. Um deles foi o Seminário de IG, organizado pela Superintendência Federal de Agricultura do Rio Grande do Norte (SFA-RN), com apoio do Sebrae, Emater, Adese e RN Sustentável, em abril deste ano. Participaram do seminário cerca de 50 pessoas, entre pequenos e médios produtores de queijo, sindicalistas, representantes de federações (de trabalhadores e patronal), gestores municipais e estaduais e técnicos com atuação municipal e regional.